sexta-feira, 14 de março de 2014

Palavras
Elas me fogem a cabeça, a medida em que você se aproxima
as mãos tremem, a boca seca, o sangue ferve.
O impacto é grande de mais.
Enlouqueço, adormeço....
Me adoece, desgasta e envelhece.

Te observo então, escolhendo palavras
escondendo as navalhas fincadas
no torço, das tuas mentiras mal contadas.
Sem saber como me proteger, rasgo o coração e me preparo.
Mas insisto em querer, que você vá com carinho no que vai dizer.

Quase para Sempre

Depois foi ela quem gargalhou. Senti um rubor crescendo no meu rosto, ela parecia outra pessoa, um alguém tão estranho pra mim, alguém novo e completamente desejável, ela balançou a cabeça várias vezes. ''Tarde''. Ela só afirmou, como se estivesse repetindo para si mesma, depois me fitou e vi seus olhos me incitarem, me cobrirem, como se aquilo tudo, toda a mudança radical sofrida em sua vida fosse um troco por eu tê-la abandonado, como se agora eu devesse sentir inveja dela, cobiçá-la (...).


*Este trecho faz parte de um folhetim que ando escrevendo, mas não confio muito no enredo, então assim que desenvolvê-lo por completo, posto toda a história (se ficar boa). 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Eles namoram há 4 anos com pedidos de "tempo" constantes. Eles vivem brigando, por ciúmes um do outro, porque um deles esqueceu a data de começo ou por ele ter mencionado garotas do passado ou essas coisas que parecem grandes.

Parecia que eles amavam brigar, mas eles amam mesmo é o sexo de reconciliação. Eram sempre pausas, nunca finais.
Foram incontáveis as vezes que o amor infinito acabou, mas a verdade é que não era infinito só bastante insistente.

domingo, 2 de março de 2014

Era da terra
Vinha do esboço do barro
Pés cansados sujos no chão
Ornava penas nos cabelos
Vestia farrapos.
Entre sexo se via os
Vestígios da alma oca
Louca 
puta
Justa. 
Era da terra. Corria no mundo.
Solta feito bicho
Sorria como gente
Sentia e embriagava-se com o sentimento
Cuspia fora.
Esmagava com os pés.
Só desabava com as luzes apagadas.