Ela Corria descalça e enfrentava olhares de nojo
Embriagava-se da Dança, comia dos estranhos
Enfeitiçava com os olhos e queimava corações nas pontas dos dedos.
Sempre voltou sozinha pra casa.
Nada esperava da vida, além do que se atrevia a fazer
Filiou-se aos fatos e repudiou os serás, os talvez.
Fodia sem culpa, ela sabia, não era puta.
Se conhecia, se entendia.
Aprendeu a ser sua única e melhor companhia.
Não dava amor, nem conselhos
E se a situação exigia dela amparo
Ela os oferecia um cigarro e não dizia muito
Nada que pudesse preencher o vazio de alguém
Nada que pudesse preencher o dela própria.
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