quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Não é de hoje que a homofobia vem sendo um problema vergonhoso para nação.
Homofobia significa aversão irreprimível,repugnânciamedo, ódiopreconceito que algumas pessoas, ou grupos nutrem contra os homossexuais,lésbicasbissexuais e transexuais. Muitas vezes, a  homofobia parte dos próprios gays, geralmente ainda em estado de negação sobre sua sexualidade. o preconceito também se fundamenta em padrões religiosos, muitas vezes pessoas usam o nome da igreja para justificar agressões e atos preconceituosos contra homossexuais. Porem esta é um realidade que não se pode aceitar, uma vez que todo ser humano, independente de sua orientação sexual, tem direitos e merece respeito.

Em Maio de 2011, no Brasil, a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo foi reconhecida legalmente pelo Supremo Tribunal Federal, o que de certo modo desencadeou mais atos de homofobia. Só no nordeste concentra-se 43% dos homicídios contra integrantes das comunidades LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) . A Homofobia não é propriamente vista como um crime, porém, de acordo com o artigo 3º item IV, se a  agressão for motivada por opção sexual, cor, raça  é reconhecido como crime de ódio. 

De certo modo a liberdade de expressão, garante a todos liberdade para expor suas opiniões, porém é preciso respeitar os limites do outro, independente da opção sexual, é de extrema importância uma conscientização, para que todos possam viver como iguais, respeitando uns aos outros, uma conscientização para que ninguém mais precise morrer ou ser agredido apenas por ser diferente, vitima da ignorância, da intolerância, do preconceito. 

domingo, 21 de setembro de 2014

Vou Indo

Amor, o abismo sou eu
E eu decido quem cai
Quem afunda
Quem sai.

Faz tempo eu quero te dizer
Que da vida eu faço o que eu quiser
Fique com as pessoas que eu deixei.
Fumarei quantos cigarros eu puder.

Amor, o futuro é hoje
e hoje já vai indo
Esqueça a mágoa
na tua cama dormirei só mais essa noite.

E outra mulher tu há de achar
alguém que não pertença ao mundo
alguém pra ser teu porto seguro
alguém para amar.

Amor, minha ancora pesa
então não me peça pra  atracar
meu barco tem pressa
o mundo me espera
E é lá fora que eu quero ficar.


Cedo


E não vai dar nunca e não vai ser nunca e podia ser, mas não é. 
''Nada nessa vida é nunca mais''. E eu não aceitei, mas acreditei. 
Talvez seja o jeito como você erra e a calma do teu mundo, não sei.
mas odeio você e amo tanto que as vezes fico sem ar. então eu digo que vá embora e digo que tanto faz, mas nos domingos eu sinto tua falta e quero as tuas mãos e quero tua boca , tua voz e a tua leveza. Mas eu não tenho nada pra ti dar. Nem futuro pra oferecer. E o teu apelo é por paz. 
''Podia ser, mas não vai'' E se um dia eu tiver alguma coisa além do que o sol trás, vou guardar pra você.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Manhã

Não queria acordar
Mas não dormiu noite passada
estendeu o braço sobre o lado vazio da cama
''Esse é meu lado da cama''
você reivindicou.
mas não tinha mais você.
Levei o braço até o criado mudo 
tateei em busca do cigarro e do esqueiro
suguei a fumaça para dentro dos meus pulmões escurecidos
e soprei para fora dos meus pulmões escurecidos
a fumaça saia de mim, dançando na luz que entrava pela janela
''Esse é o meu lado da cama''
é o teu lado da cama e você não estava lá.
Se eu te conheço bem, você deve está por aí reivindicando o lado da cama de alguém novo toda semana.
Fazendo teus shows de drama e sendo feliz.
Já fumei mais cigarros do que consegui contar.
Fumei, fumei,fumei e chorei também, escrevi teu nome na parede e bebi vodka as 6:00h da manhã, depois voltei pra cama,
fumei mais alguns cigarros, vi a fumaça dançar no clarão da janela e sussurrei teu nome, te odiando e te amando tanto que mau conseguia respirar.
Olhei pro teu lado da minha cama, chorei transbordado da coisa mais humana.
Chorei transbordando da saudade

domingo, 31 de agosto de 2014

João


Como todos os meninos 
João era apenas mais um.
The doors e maconha no carro
Sexo atrás da escola, bebidas e tatuagens escondidas da mãe. 
João não tinha pai. Era o que ele dizia por aí
mas as cicatrizes na cabeça e as marcas pelo corpo o lembravam todos os dias que ele tivera um sim. 
Não tinha mais.
É sábado a noite e os meninos querem se divertir,
Na ponte os meninos perdidos se encontravam.
E João não queria ficar em casa
Mamãe levou outro homem essa noite
Mamãe gritava do quarto.
Foi até a ponte então
Com os meninos perdidos
João tomou da vodka pra esquentar e usou cocaína pra despertar
Mas naquela noite ele não parou.
Já passava das 3h da manhã quando João levantou e caminhou até o final da ponte
O vento com cheiro de mar sussurrava pra ele que faltava liberdade.
Naquele noite ele não parou.
Sentiu o sangue escorrendo do nariz, abriu o braços, transbordou adeus pelos olhos e se jogou no mar pra se libertar.
'Ele se matou'
todo mundo gritava
E ninguém acreditava.
'Não existia sorriso maior que o dele'
Ninguém sabia o que se escondia por trás.
Nunca viram as marcas.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Left Over

Acordei durante a madrugada, não sei qual hora, muito assustada e perdida. Podia me levantar e ir ao banheiro ou beber água, podia simplesmente tentar dormir novamente, podia fazer alguma coisa normal... caso a situação fosse normal. Estava tão assustada quanto alguém que teria a pouco acordado de um terrível pesadelo. Mas... que pesadelo? Eu não tive pesadelo algum. Acordei com a pior sensação que tive em minha vida sem aparentes motivos. “Estou enlouquecendo”, foi o primeiro pensamento que me surgiu, mesmo que confusa. “Eu não posso voltar para o pesadelo! Se eu dormir, certamente voltarei. O que fazer agora?
Não tem pra onde ir e pelo resto da casa respiro fantasmas, pelos cômodos a solidão grita escandalosa por entre os papeis amassados. Poesia morta. Estou enlouquecendo. Já não escrevo mais. Não vivo mais e das pessoas apenas sinto gosto amargo. Estou enlouquecendo. Quero voltar a sentir outro gosto bom que não o teu, que me fodam e que dos meus gemidos não saia o teu nome e que o meu corpo não me faça gritar em desespero por as tuas mãos, pela tua rima, teu cabelos por entre os meus dedos. Vício, me tornei um mostro dependente de cigarros porque era o gosto que tinham os teus lábios quando me beijavam, agora fumo mais cigarros do que consigo contar. “I'm going crazy! because you left me and now there is nothing left over.

sábado, 16 de agosto de 2014

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Primeiro Ato

Coralina traiu
Voltou pra casa,
Fez o jantar 
E esperou o marido.
Abriu as pernas pra ele também
Prometeu"sou sua"
Sussurrou"eu te amo"
O marido gozou rápido 
E foi dormir.
Coralina
Também.
Adúltera
.
.
.
E feliz.
O erro é pensar que alguma coisa vai ser diferente.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Ano Novo

O canto começa, 
pela cidade apressa. 
As contagens terminam, 
e os fogos anunciam.
Todos se abraçam,
[Ele me beija.
Pés na areia
Coração na mão
O cronômetro começa novamente,
O ano mudou
E eu mudei junto com ele.
Pra caneta o choro é tinta
A tristeza lavada preenche as linhas,
O marejo nos olhos anuncia 
O poeta e a arte 
Da desilusão escrita.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Intertextualidade

Das pedra no caminho
Tu és o corcovado.
Sem a beleza do pão de açúcar.
Tu és a cratera que me engole 
em meio ao asfalto.

Das belezas de Paquetá
Tu és as doenças nos becos
As prostitutas imundas
A traição em receio.

Dos sonetos de amor
Tu és a zombaria
O desamor
A desalegria

Tu Acima de Tudo
És meu exílio
Minha doença,
Meu precipício.

És a mancha
nos poemas
De meus mais amados poetas
É o assombro]
Nos versos das cantorias

És minhas tristezas
das manhãs frias.
És meu amor
Minha solidão,
Minha agonia.

domingo, 6 de julho de 2014

-Regresso.


Eu disse que ia embora
Vi você deitado me olhando torto
Então eu me pintava
escolhi o Batom vermelho
E você me olhava torto.
Deveria ter me pedido pra não sair,
então eu sairia mesmo assim
Você não pediu.
Não escolhi a dedo os bares onde entrei e já passava das 3:00h 
Quando entrei no carro de um estranho e deixei ele entrar em mim
Pensei em você,
lembrei do teu olhar torto.
Tu não me pediu pra ficar.
O estranho gozou, me chamou de Ana
então eu era Ana.
A Ana tu não podia chamar de puta como a mim
, a Ana tu não podia amar.
A Ana tu não podia sussurrar que ela era tua loucura
Eu não queria ser a Ana,
Eu queria ser a puta, teu amor, tua loucura.
queria voltar e bater na tua porta
Voltar pra ti Branco.
Voltar pra nós
Eu vou de pés no chão
Cabelo solto
E cara suja.

Quero a saia frouxa
O sorriso longo
A mente solta.

E que venha o amor
Que me tome o peito
Me tire o folego
E esvazie a dor

Me dê sonhos
"Todo amor que houver nessa vida" e mais.
Quero o gozo
Teu sexo
Teu gosto.

Quero ser lambida
Que tu me cure das feridas "lave meus lençóis"

Me deixa ser tua
Agora e depois,
Mas se pra ti agora é nunca
Vai embora sem culpa.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A moça com o maior coração do mundo

É fácil encontrar a moça andando na rua, distribuindo sorrisos e cantarolando Selvagens à Procura de Lei.Fortaleza fica até mais bonita quando ela acorda, assim, de bom humor. 


Mas quem a conhece não discorda: cabem mesmo todos os planetas do sistema solar ali dentro.

A moça e as pessoas egoístas

A moça jazia deitada ao lado do rapaz, passando a mão sobre os fios de cabelo cor de cobre, deslizando os dedos até a superfície áspera, onde morava uma barba por fazer. Ela o assistia enquanto ele á dizia:
-Para mim, todos os tipos de relacionamentos, são para pessoas egoístas. É puro egoísmo prender uma pessoa a você só porque você á ama. -Ela afastou as mãos e perguntou:
-Se é egoísmo, por que você voltou? -Por um momento ele só á observou, deixando o quarto escuro cair no silêncio, deu um trago no cigarro, Soltou uma gargalhada fina e finalmente puxando a moça pra si disse:
-Porque eu sou a pessoa mais egoísta do mundo.

terça-feira, 1 de abril de 2014

A moça e as Belas artes

A moça sempre amou tudo que poderia ser arte. Dos poemas aos desenhos de aquarela. Seu sonho era saber escrever como Drummond ou pintar como Monet. O problema é que ela procurava sentido em tudo que via e sentia, tentava tornar o abstrato algo concreto.
A pobre moça não entendia que, às vezes, as coisas apenas são.

A moça e o Rapaz

A moça é o tipo de pessoa que dá amor sem pedir nada em troca. Ela gosta do simples poder de tirar sorriso do rosto de alguém com algum conto seu. Mas de uns tempos pra cá, fazer o rapaz feliz tem sido sua maior prioridade. Toda vez que a moça pensa nele é como se sofresse uma leve arritmia. 
E se um dia o coração dela parar, vai ser por amar demais.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Palavras
Elas me fogem a cabeça, a medida em que você se aproxima
as mãos tremem, a boca seca, o sangue ferve.
O impacto é grande de mais.
Enlouqueço, adormeço....
Me adoece, desgasta e envelhece.

Te observo então, escolhendo palavras
escondendo as navalhas fincadas
no torço, das tuas mentiras mal contadas.
Sem saber como me proteger, rasgo o coração e me preparo.
Mas insisto em querer, que você vá com carinho no que vai dizer.

Quase para Sempre

Depois foi ela quem gargalhou. Senti um rubor crescendo no meu rosto, ela parecia outra pessoa, um alguém tão estranho pra mim, alguém novo e completamente desejável, ela balançou a cabeça várias vezes. ''Tarde''. Ela só afirmou, como se estivesse repetindo para si mesma, depois me fitou e vi seus olhos me incitarem, me cobrirem, como se aquilo tudo, toda a mudança radical sofrida em sua vida fosse um troco por eu tê-la abandonado, como se agora eu devesse sentir inveja dela, cobiçá-la (...).


*Este trecho faz parte de um folhetim que ando escrevendo, mas não confio muito no enredo, então assim que desenvolvê-lo por completo, posto toda a história (se ficar boa). 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Eles namoram há 4 anos com pedidos de "tempo" constantes. Eles vivem brigando, por ciúmes um do outro, porque um deles esqueceu a data de começo ou por ele ter mencionado garotas do passado ou essas coisas que parecem grandes.

Parecia que eles amavam brigar, mas eles amam mesmo é o sexo de reconciliação. Eram sempre pausas, nunca finais.
Foram incontáveis as vezes que o amor infinito acabou, mas a verdade é que não era infinito só bastante insistente.

domingo, 2 de março de 2014

Era da terra
Vinha do esboço do barro
Pés cansados sujos no chão
Ornava penas nos cabelos
Vestia farrapos.
Entre sexo se via os
Vestígios da alma oca
Louca 
puta
Justa. 
Era da terra. Corria no mundo.
Solta feito bicho
Sorria como gente
Sentia e embriagava-se com o sentimento
Cuspia fora.
Esmagava com os pés.
Só desabava com as luzes apagadas.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

O meu amor esta chorando no chão
O meu amor rasteja e me pede atenção
O meu amor grita e me pede perdão.

Diz que se arrependeu, Aprendeu e entendeu a lição.

Mas

Já esta tão tarde.
Tão frio.
Uma dose da tequila e eu entro em combustão.
A noite me chama.
A mãe lua me grita.

E eu não posso mais perder tempo aqui.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

-Cigana

Ela Corria descalça e enfrentava olhares de nojo
Embriagava-se da Dança, comia dos estranhos
Enfeitiçava com os olhos e queimava corações nas pontas dos dedos.
Sempre voltou sozinha pra casa.

Nada esperava da vida, além do que se atrevia a fazer
Filiou-se aos fatos e repudiou os serás, os talvez.
Fodia sem culpa, ela sabia, não era puta.
Se conhecia, se entendia.
Aprendeu a ser sua única e melhor companhia.


Não dava amor, nem conselhos
E se a situação exigia dela amparo
Ela os oferecia um cigarro e não dizia muito
Nada que pudesse preencher o vazio de alguém
Nada que pudesse preencher o dela própria.

-Byronismo

Morro
Não sou
Não vou.

Deixado para trás
Largado no chão.
Lixo. Podre.

Não belo. Não amado.
Morro.
Desgosto.
Grotesco.

Você.
Eu quis.
Errei
Te quis.
Amei.

Pseudo*


Aperta
Sufoca
Entorta.

Rasga o desejo
Queima a vontade
Acende a mentira
Implora a atenção....

Amor
Amor
Tortura
Raiva
Desilusão.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

-Moletom


Esquecido no fundo do guarda-roupa velho.
Ainda Azul.
Ainda com teu cheiro incarnado nas fibras,
Ainda manchado com o meu batom
Ainda assombrado por dias de glória.

-Recusa

Lágrimas,
As tuas
Rolam....
Me imploram.
Pedem mais uma vez, meu colo.
As tua mãos tremem
Buscam as minhas.

Desabo.
No chão, me reconstruo.
Me guardo.

-É tarde de mais.
Ainda é tarde
Ninguém vê
Ninguém nota
Vidas ocupadas de mais.

Eu vi. Notei.
Ainda é tarde e a lua cheia canta, só, no céu claro.
Ainda é tarde e a lua cheia me Grita
Me fita
Instiga.
Incita.
Inspira.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Adoro quando me nomeiam louca
Absurda.
Gosto de ser a senhora das coisas intensas
Incomuns.
Fora de série.
Me deixa gritar
Me embala. não nega.
Me cede teu colo, tua luz, teus dedos pra segurar meu pranto


Me deixa ser qualquer coisa. Não me cospe da tua vida.
Me chama pra dançar, ao som de qualquer música, no meio da sala.
Me pendura no teu cabide, me deixa enfeitar a tua estante.


Não sinta repulsa
Não hesite meus braços
Não fuja
Faça de mim seu lar
Não, não tenha medo
Eu amo, amo você
Posso não apagar os teus vazios, e continuo aqui
Chegarei mais perto
Quando você quiser ficar só.
Você me tem, ouviu?
Me tem.
Tudo bem, eu tô aqui
Explode, se entrega.
Mas, se ficar escuro
Segura as minhas mãos
Eu não irei embora
Qualquer armadilha, pensa em mim
Chama meu nome
Que eu corro até você
Que eu cuido de você
Que eu te mostro constelações
Até o dia amanhecer
Fiquei.
Você sabe que eu fiquei.
E que ficaria até o fim, 
Até o fundo. Que aceitei a queda,
 Que aceitei a morte. 
Que nessa aceitação, caí.
 Que nessa queda, morri.
 Tenho me carregado tão perdido 
E pesado pelos dias afora. 
E ninguém vê que estou morto.
Eu me joguei em você.
O chão chegou mais rápido, sabe
Quebrei os dentes. A cara. O orgulho
Mas de repente, lá ia eu de novo
Em busca dessa viciante sensação de amor esgotado.

Súplica

O corpo me pedi alma.
As pessoas me pedem Calma.
Os pés me suplicam, Para!.
E eu? 

-Finjo me render.
Ele disse -oi. Tinha o olhar perdido. Ela conhecia aquele olhar.

Ele se aproximou, queria conversar. Ela estremeceu.

-Gostei do cabelo, ele disse. Bagunçando o cabelo dela, ela não sabia muito bem o que fazer e não encontrou nada muito inteligente para dizer. A raiva foi se misturando com a frustração. Ela não conseguia entender, Já se passaram meses, desde a ultima vez, meses e ela ainda não conseguia pensar direito perto dele. Logo ela, Tão racional, tão segura, tão cigana no mundo ...

Tinha medo.

Ouvi -Por onde Andei

-Quantas vezes nos pegamos sendo negligentes com quem dividimos nossas vidas? Quantas vezes nos arrependemos, principalmente daquilo que deixamos de fazer ou dizer para quem tanto amamos ?'' Coisas que pareciam obvias até pra uma criança'' mas conviver nunca é uma tarefa fácil! e mais difícil ainda é conviver com nossos medos, erros e limitações, no que tange os sentimentos do outro.

O amor pleno talvez inclua compreender as necessidades e limitações de quem esta do nosso lado, talvez inclua esquecermos um pouco de nós mesmos em prol de um processo de construção mutuo, onde colocamos um pouco de lado nossa individualidade no que tange nossa própria zona de conforto para buscarmos a harmonia e felicidade do casal.

No fim das contas, por mais que nossas vidas dêem mil voltas e mim pessoas passem por ela, inevitavelmente um dia, daremos conta que vivemos uma constante busca por alguém que nos compreenda e nos de o carinho, valor e atenção que todos nós necessitamos! A minha grande constatação (de jovem que viu pouco da vida, mas já carrega cicatrizes). É que até lá perderemos invariavelmente pessoas que poderiam efetivamente nos fazer felizes, simplesmente porque somos imaturos e impulsivos de mais para enxergar isso!

Isadora

Nenhum relacionamento de Isadora durou mais de um mês. Ela gostava de deitar na cama e passar horas em silêncio, inerte, olhando fixamente para a janela de seu mundo fantástico. Gostava da perspectiva que criara de um mundo melhor. Isadora procurava companhia pra assistir a felicidade na janela, de mãos dadas naquele mundo multicolorido.

O problema é que ela nunca achou alguém que visse além daquele muro cinza de concreto.
Quando eu me for, nem me procures!
Eu não deixarei rastro
Não levarei nada.
Já que nada pertence
Á essa minha vida desalmada.
Eu quero andar pra longe
Me embrenhar.
Perder o caminho de mim.
e nunca mais voltar

Noites Raras


Aquele olhar, ela já conhecia bem.
-Tão sugestivo. 
Carinhos decretos.[tão bons quanto carinho escancarado].
-Que cheiro bom moço.
-O cheiro do perfume?
-Não, bem melhor. O teu.